8 de jan. de 2010

Vida após a morte

Existe vida após a morte?

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Na trajetória da vida, a única certeza que temos é a de que a morte é certa. Mas, após isso, o “fim” realmente chegou? Seria a teoria que correntes de pensamentos defendem como a “extinção absoluta da vida”? Por outro lado, muitos acreditam na vida após a morte. “De onde viemos” e “para onde vamos” são questões comuns, reflexões presentes em todas as sociedades.
Contudo, os mais jovens dificilmente se preocupam com o tema. Quando o fazem, geralmente é devido à morte de um ente querido ou uma tragédia que ganhou destaque nos principais jornais do País. Em contrapartida, quanto mais a velhice se aproxima, mais aumentam a dúvida sobre se céu e inferno existem e a busca por respostas sobre o destino da alma após a morte física.
O portal Arca Universal ouviu alguns religiosos de diferentes credos para saber qual é o conceito que eles defendem quanto à existência de vida após a morte.
Segundo um padre do Rio de Janeiro, que solicitou o anonimato por motivos hierárquicos, “o Purgatório é um estado de purificação moral, em que as almas são depuradas, tornando-se dignas do Céu”.
Já Hélio Ribeiro, membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB), afirmou que acredita na vida após a morte. “Cremos numa vida em outro corpo, ou seja, a reencarnação, quantas vezes forem necessárias”, confessa o espírita.
Para Haidar Abu Talib, coordenador de Relações Institucionais da Sociedade Beneficente Muçulmana, existe a existência da vida após a morte, mas não numa perspectiva encarnatória. “Aqueles que tiverem o seu valor, o mínimo necessário, terão a vida eterna no paraíso”, disse Talib.
Quanto aos condenados, o muçulmano acrescenta que terá aqueles que vão passar por um estágio de reaprendizado em outra dimensão, que poderia ser até o próprio inferno, e depois ser reconduzido, dependendo da misericórdia de Deus, para um outro destino.
Afinal, depois de tantas afirmações e crenças, onde está a verdade?
Na opinião do bispo Sérgio Corrêa, responsável pelo trabalho evangelístico da Igreja Universal do Reino de Deus no Estado de Alagoas, a Bíblia apresenta exemplos claros de que depois da morte física, a alma segue em direção à eternidade.
“Não há um retorno ao estado corporal. Em concordância com as Escrituras Sagradas, é sabido que existem apenas duas maneiras de se viver a eternidade. Uma delas é permanecer com Deus, no céu, e a outra é com o diabo, no inferno (Mateus 25.31-46)”, explicou.
O bispo mostra também que existe vida após a morte. “O próprio Senhor Jesus deu o exemplo na parábola ‘O rico e o mendigo’, em que se descreve que ambos morreram e foram levados ao inferno e ao céu, respectivamente, em decorrência de suas ações em vida (Lucas 16. 19-31). No Velho Testamento, Daniel já afirmara: ‘Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno.’ (Daniel 12.2)”, ressaltou.
Bispo Sérgio Corrêa finaliza enfatizando que existem duas mortes: uma onde ocorre a separação entre o corpo e a alma, outra em que acontece o afastamento da alma de Deus.
“A primeira sobrevém a todo ser humano, porém, a segunda é para aqueles que não aceitaram Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Estes serão condenados e viverão eternamente separados dEle. É necessário que todos entendam que não há uma nova chance de conviver entre os homens após a morte física, como descreve o Texto Sagrado: ‘E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo.’ (Hebreus 9.27)”.
Agência Unipress Internacional
Por Jorge O’hara

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